O projeto Padrinhos objetiva oferecer a oportunidade de vínculos afetivos, de atendimento profissional e de suporte financeiro para crianças e adolescentes que estão afastados do convívio familiar por medida protetiva. No último sábado (26), o Ministério Público do Rio Grande do Norte, a Vara da Infância e o Grupo Afeto de Apoio à Adoção realizaram um evento para apresentar o programa de apadrinhamento em Mossoró. O workshop ocorreu na Faculdade Católica do Rio Grande do Norte.
A iniciativa visa à implementação do projeto no Município. Um primeiro passo para tal foi dado durante o workshop: a formação de um grupo de trabalho. O grupo tem como missão montar um plano de trabalho para o programa padrinhos, considerando as suas etapas de implantação e os recursos humanos e materiais necessários. A primeira reunião ficou marcada para o dia 5 de dezembro, às 19 horas.
A programação contou com a apresentação do projeto Padrinhos e testemunho da experiência na execução desse projeto, pela Instituição Acalanto. As entidades de acolhimento tiveram a chance de apresentar as necessidades das crianças e adolescentes em acolhimento em Mossoró. A Corregedoria do TJRN, por sua vez, explicou o que o projeto implica em termos de estrutura e procedimentos.
“Foi um dia muito produtivo, à medida que o programa de apadrinhamento foi apresentado, íamos vendo as potencialidades de Mossoró, os limites e os desafios para a implementação do novo programa”, destacou o 12º promotor de Justiça de Mossoró, Sasha Alves do Amaral.
Além dos representantes do MPRN, do TJRN, do Grupo Afeto e da Acalanto, estiveram presentes integrantes das instituições de acolhimentos de Mossoró; do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente, da Secretaria Municipal de Assistência Social, da Ordem dos Advogados do Brasil, da UERN, com representantes dos cursos de Serviço Social, Prática Jurídica e Pedagogia, e da Faculdade Católica, com representantes dos cursos de Psicologia e Contabilidade.
Modalidades de Apadrinhamento
O programa tem três modalidades de apadrinhamento para crianças e adolescentes que estão afastados do convívio familiar: afetiva, profissional e provedora. Na afetiva, o padrinho/madrinha visita regularmente a criança ou adolescente, buscando-o para passar fins de semana, feriados ou férias escolares. Com essas ações, há promoção social e afetiva, além da possibilidade de uma convivência familiar e social saudáveis que gerem experiências gratificantes.
A profissional, por sua vez, é quando as necessidades da criança ou adolescente são atendidas pelo padrinho/madrinha conforme sua especialidade profissional. Já o último tipo de apadrinhamento, o provedor, ocorre por meio de suporte financeiro ou material à criança ou adolescente, ou ainda à própria unidade de acolhimento. Para essas duas modalidades, há a possibilidade do apadrinhamento ocorrer via pessoa jurídica, além da física.
